Informações

Dicas

MANUAL DE EXAMES - PATOLOGIA CLÍNICA (Parte 06)

Dialdeído malônico - MDA

Comentários

O dialdeído malônico (MDA) é um produto final da peroxidação lipídica. Contribui para a reação inflamatória por ativação de citocinas pró-inflamatórias, como o TNF-ß e a IL-8.

Método

Colorimétrico

Valor de referência Plasma:

Até 4,8nmoL/mL

Urina:

Até 18nmoL/mg de creatinina

Condição

1,5mL de soro ou plasma (EDTA) 5mL de urina (recente ou 24h).

Conservação para envio

Até 7 dias entre 2o e 8oC.

 

Dímero D

Comentários

O dímero D (DD) é um produto da degradação da fibrina pela plasmina. Sua determinação é útil no diagnóstico da trombose venosa profunda (TVP) e do tromboembolismo pulmonar (TEP). Nestes pacientes, a fibrinólise endógena leva à formação do DD, que é detectado uma hora após formação do trombo, e permanece elevado em média por 7 dias. O DD têm sensibilidade superior a 90% na identificação de TEP, confirmada à cintilografia ou angiografia. Níveis elevados também são encontrados nas seguintes situações: infarto agudo do miocárdio, sepses, neoplasias, pós-operatórios (até 1 semana), coagulação intravascular disseminada, anemia falciforme, insuficiência cardíaca e pneumonias. Ressalta-se que as dosagens do DD sérico por imunoensaios apresentam maior sensibilidade que os demais métodos.

Método

ELFA (Enzyme Linked Fluorescent Assay)

Valor de referência

68 a 494nanog/mL

Condição

-0,5mL de plasma citratado.

-Jejum de 4h.

Informações necessárias

Informar uso de medicamentos ou anticoagulantes (nos últimos 14 dias).

 

Centrifugar imediatamente após a coleta, em alta rotação (aproximadamente 3000rpm) por 15 minutos. Retirar o plasma cuidadosamente deixando pequena quantidade no fundo e transferir para tubo plástico. Congelar o plasma imediatamente após a centrifugação a - 20o C em tubo plástico.

Conservação para envio

Até 72 horas - 20oC.

Direto a fresco, exame

PESQUISA DE FUNGOS - TRICHOMONAS - PROTOZOÁRIOS - PARASITAS

Comentário

Utilizado no diagnóstico de tricomoníase, candidíase e parasitoses em diversos materiais clínicos, especialmente em secreções vaginal, uretral e urina de primeiro jato.

Método

Microscopia direta.

Condição

Secreção vaginal, uretral, urina (1o jato da 1a micção do dia), secreções de feridas, escarro, punção de linfonodos e abcessos.

- Deve-se, preferencialmente, não estar em uso de medicamentos tópicos.

Conservação para envio

Conservar em solução salina estéril, em temperatura ambiente ou em frascos esterilizados. Enviar o material ao laboratório imediatamente após a coleta.

SOMENTE PARA  DE BELO HORIZONTE.

 

 

Dismorfismo eritrocitário, pesquisa na urina

Comentários

A análise da morfologia das hemácias no sedimento urinário pode indicar se a origem da hematúria é glomerular (presença de acantócitos e/ou codócitos) ou não glomerular. A hematúria microscópica de forma isolada pode ser encontrada em 4% a 13% da população geral. A presença de acantócitos ou codócitos é indicativa de hematúria de origem glomerular. Indivíduos que não apresentam número significativo de hemácias no sedimento urinário (menos de 5 eritrócitos por campo microscópico) deverão colher nova amostra, até que se obtenha uma amostra com número representativo, devido ao caráter, muitas vezes, transitório das hematúrias microscópicas.

Método

Microscopia de contraste de fase

Valor de referência

Ausência de acantócitos e codócitos.

Condição

-Urina recente (2a micção matinal - jato médio - com estase vesical de 2 a 4 horas).

-Recomenda-se colher no laboratório.

Conservação para envio

Até 2 horas entre 2o e 8oC.

DNA nativo, auto-anticorpos anti - ds-DNA

Comentários

Auto-anticorpos contra ds-DNA são encontrados em cerca de 40% a 70% dos pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES) ativo. Sua presença está relacionada com maior probabilidade de acometimento renal. O ds-DNA é encontrado no LES e sua presença é um dos critérios da ARA para o seu diagnóstico. Não é específico do LES, podendo ocorrer em baixos títulos na artrite reumatóide (AR), hepatite crônica ativa, lúpus induzido por drogas, síndrome de Sjögren, doença mista do tecido conjuntivo, miastenia gravis e infecções, como a esquistossomose e malária. São várias as metodologias disponíveis para detectar os anticorpos anti-DNA. A imunofluorescência em Crithidia luciliae é a que apresenta melhor especificidade devido à rara ocorrência de reações falso-positivas. Níveis crescentes ou altos títulos de anticorpos anti-DNA associados a baixos níveis de complemento quase sempre significam exacerbação da doença ou doença em atividade. Entretanto, os títulos de anti-DNA podem permanecer elevados, mesmo com a remissão clínica da doença.

Método

Imunofluorescência indireta utilizando antígeno Crithidia luciliae.

Valor de referência

Negativo

Condição

-0,2mL de soro.

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 5 dias entre 2o e 8oC.

Ectoparasitas, pesquisa

Comentário

O exame é utilizado para o diagnóstico diferencial de lesões cutâneas, quando há suspeita clínica de infestação por ectoparasitas: Sarcoptes scabiei (escabiose), Pediculus humanus (pediculose), Phthirus pubis (fitiríase).

Método

Microscopia direta.

Condição

Raspado de lesões de pele e pêlos.

-Deve-se, preferencialmente, não estar em uso de medicamentos tópicos.

-A colocação de bolsa de água quente sobre as lesões pode aumentar a sensibilidade do exame.

Conservação para envio

Até 14 dias, em temperatura ambiente. Enviar em frascos ou placas de vidro bem vedados.

Obs: na presença de secreções, conservar em solução salina refrigerada entre 2o e 8oC, por no máximo 48h.

 

 

Eletroforese de lipoproteínas

Comentários

Os lípides circulam no plasma combinados a proteínas (lipoproteínas). As lipoproteínas podem ser separadas através de eletroforese, recebendo nomes de acordo com sua mobilidade: HDL (alfa-lipoproteína) migram com as alfa-1-globulinas; LDL (beta-lipoproteínas) migram com as beta-globulinas; VLDL (pré-betalipoproteínas) migram com as alfa-2-globulinas; e quilomícrons. Os padrões de eletroforese de lipoprotéina são úteis na caracterização das dislipidemias secundárias e primárias. Na disbetalipoproteinemia tipo III partículas de densidade intermediárias (IDL) formam banda larga entre regiões pré-beta e beta.

Método

Eletroforese em gel de agarose

Valor de referência Adulto

Alfa 22,3 a 53,3% Pré-beta 4,4 a 23,1% Beta 38,6 a 69,4%

Condição

-0,5mL de plasma (EDTA) ou soro.

-J.O. 12h.

 

Enviar material refrigerado o mais rápido possível.

Não enviar material congelado ou plasma com heparina.

Conservação para envio

Soro: até 6 horas após coleta.

Plasma: até 3 dias entre 2o e 8oC.

Eletroforese de proteínas

Comentários

Soro: é usada como triagem de anormalidades nas proteínas séricas. Em um soro normal, usualmente, 5 bandas (albumina, alfa1, alfa2, beta e gama) são visíveis. O uso da eletroforese capilar permite, ainda, devido à sua alta resolução, a separação dos picos de beta1 (transferrina e hemopexina) e beta2 (complemento C3), o que resulta em um padrão de seis bandas. Essa característica permite ganho adicional na avaliação de pacientes com gamopatias monoclonais. Permite, ainda, uma maior taxa de detecção de bisalbuminemia. Bandas intensamente coradas das regiões alfa à gama em áreas que normalmente não contêm proteínas sugerem imunoglobulinas monoclonais. Bandas múltiplas, ausência de bandas ou mobilidade diferente da normal podem ocorrer por variantes genéticas.

Líquor: eletroforese de proteínas, em gel de agarose, do líquor é largamente utilizada na procura de bandas oligoclonais, definidas como duas ou mais bandas discretas na região gama que estão ausentes ou em menor intensidade em eletroforese de soro concomitante. A imunofixação, em geral, é preferida por fornecer melhor resolução e ter habilidade para identificar bandas de imunoglobulinas específicas. Bandas oligoclonais no líquor têm sido identificadas em 83% a 94% dos pacientes com esclerose múltipla estabelecida, 40% a 60% dos casos prováveis e 20% a 30% dos casos possíveis. Também são observadas em quase todos os casos de panencefalite

subaguda

esclerosante,

em

25%

a 50% das infecções virais do sistema nervoso

central,

nos

casos

de

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

123

 

 

 

 

 

Laboratório Echo de Análises Clínicas Ltda - Patologia Clínica

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

neuroborreliose, meningite criptocócica, neurosífilis, mielite transversa, carcinomatose meníngea, glioblastoma multiforme, linfoma de Burkitt, polineuropatia recorrente crônica, doença de Behçet, cisticercose e tripanossomíase.Urina: normalmente a urina não apresenta proteínas, ou apenas contém débil banda de albumina e globulina, uma vez que o glomérulo previne a passagem de proteínas. As funções glomerular e tubular normais resultam em excreção de proteína inferior a 150 mg/dia. Dois terços da proteína filtrada é composta de albumina, transferrina, proteínas de baixo peso molecular e algumas imunoglobulinas. O restante, como a glicoproteína Tamm-Horsfall advêm do próprio trato urinário. Eletroforese de proteínas na urina separa as proteínas de acordo com sua carga e permite a classificação do tipo de injúria. Um padrão normal de proteinúria consiste de albumina e ocasionalmente traços de bandas alfa1 e beta. A eletroforese de urina concentrada pode não detectar cadeias leves por falta de sensibilidade, sendo a imunofixação o próximo passo. Padrões de alterações da eletroforese de proteínas na urina: 1) Proteinúria glomerular (lesão mínima, glomerulonefrite, nefropatia diabética): aumento da albumina e bandas alfa1 e beta1; 2) Proteinúria tubular (lesão medicamentosa, pielonefrite, doença renal vascular, rejeição à transplante): aumento de albumina, bandas alfa1, alfa2 e beta-globinas; 3) Distúrbio misto glomerular e tubular; 4) Presença de banda monoclonal.

ELETROFORESE DE PROTEÍNAS - SORO

Método

Eletroforese capilar

Valor de referência

Albumina

54,0 a 64,2%

Alfa 1

3,8 a 7,4%

Alfa 2

7,0 a 10,9%

Beta 1

5,6 a 8,0%

Beta 2

3,0 a 6,4 %

Gama

10,6 a 18,8%

Proteínas totais

6,4 a 8,3 g/dL

Condição

-0,5mL de soro.

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 7 dias entre 2o e 8oC.

ELETROFORESE DE PROTEÍNAS - LÍQUOR

Método

Eletroforese de alta resolução em gel de agarose

Valor de referência

Pré-albumina

2 a 7%

Albumina

56 a 76%

Alfa 1

2 a 7%

Alfa 2

4 a 12%

Beta

8 a 18%

Gama

3 a 12%

Banda/Faixas oligoclonais

Ausente

Proteínas totais

15 a 45 mg/dL

Condição

5,0mL de líquor.

 

As amostras devem ser submetidos a processo de concentração pelo sistema ultrafree-pf.

Conservação para envio

Até 3 dias entre 2o e 8oC.

 

ELETROFORESE DE PROTEÍNAS - URINA

Método

Eletroforese de alta resolução em gel de agarose

Valor de referência

Ausência de bandas monoclonais.

Condição

-Urina 24h.

-Não usar conservante.

-Refrigerar.

 

Enviar 5mL de urina e informar volume total.

Conservação para envio

Até 3 dias entre 2o e 8oC.

Endomísio, anticorpos IgA e totais anti

Comentários

Teste útil para o diagnóstico e monitorização do tratamento da doença celíaca (DC) e da dermatite herpetiforme. Endomísio é uma bainha de fibrilas reticulares que envolvem as fibras da musculatura lisa. Na DC, a ingestão de glúten leva à produção de anticorpos anti-gliadina e anti-endomísio. Anticorpos anti-endomísio IgA possuem sensibilidade de 94% a 100% e especificidade de 93% a 100% para o diagnóstico da doença celíaca. Pacientes com deficiência seletiva de IgA, na fase inicial da doença e uma pequena percentagem de pacientes que possuem apenas resposta mediata por células T, apresentam teste negativo para anti-endomísio IgA. Quando os pacientes adotam uma dieta sem glúten, os títulos de anticorpos anti-endomísio IgA caem, a níveis indetectáveis, dentro de 6 meses a 12 meses, mas podem permanecer por até 31 meses se os títulos iniciais forem altos. A soronegativação precede a melhora da morfologia intestinal. Anticorpos anti-endomísio IgG quase sempre são detectáveis em pacientes celíacos com deficiência de IgA. Os níveis de IgG não desaparecem com a dieta e não podem ser utilizados para monitorizar pacientes com deficiência de IgA. Ensaios comerciais disponíveis realizam a detecção de anticorpos IgG anti-endomísio de forma conjunta com IgA (anticorpos totais). Recentemente, foi demonstrado que o componente alvo destes anticorpos é a transglutaminase tecidual presente nestes substratos.

Veja também Gliadina, Transglutaminase e Reticulina.

ANTI-ENDOMÍSIO - ANTICORPOS IgA

Método

Imunofluorescência indireta

Valor de referência

Negativo título < 1:5

Condição

-0,6mL de soro.

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 5 dias entre 2o e 8oC.

ANTI-ENDOMÍSIO - ANTICORPOS TOTAIS

Método

Imunofluorescência indireta

Valor de referência

Negativo

Condição

-0,6mL de soro.

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 5 dias entre 2o e 8oC.

 

 

Ensaio de mistura

Comentários

O ensaio de mistura é utilizado para avaliar se um prolongamento inexplicado do TP ou TTPa é secundário à deficiência de fatores da coagulação ou à presença de inibidores. Misturam-se partes iguais de plasma normal e plasma do paciente. Se houver deficiência de fatores da coagulação ou uso de medicamentos anticoagulantes, o plasma normal fornecerá os fatores deficientes e o tempo será corrigido. Se existir um anticoagulante circulante específico, incluindo anticoagulantes como heparina, hirudina e danaparóide, o tempo não será corrigido. Recomenda-se uma leitura imediata após a mistura e outra após 2 horas de incubação, para a detecção de inibidor do fator VIII, que tem ação tempo dependente (inicialmente há correção do tempo de coagulação, e após a incubação há prolongamento, consistente com a presença de inibidor).

Método

Coagulométrico

Condição

-1,0mL de sangue total (citrato) ou plasma (citrato).

-J.D. 4h.

Conservação para envio

Até 4 horas em temperatura ambiente. Não refrigerar.

Entamoeba histolytica, antígeno nas fezes

Comentários

A detecção qualitativa dos antígenos específicos da Entamoeba histolytica em amostras de fezes possui sensibilidade e especificidade superiores à microscopia. O imunoensaio enzimático não diferencia a Entamoeba dispar da Entamoeba histolytica. Em crianças assintomáticas, cerca de 11% dos infectados com Entamoeba histolytica apresenta ELISA positivo nas fezes.

Método

ELISA

Valor de referência

Negativo

Condição

Fezes recente a fresco (sem conservante).

-Não usar laxante ou supositório.

-Não ter feito o uso de contraste radiológico recentemente.

-Cuidado para não contaminar as fezes, no ato da coleta, com a urina.

-Enviar rapidamente ao laboratório.

Conservação para envio

Até 2 dias entre 2o e 8oC. Até uma semana congelado.

Enzima conversora da angiotensina - ECA

Comentários

Elevações desta enzima associadas ao quadro clínico, radiológico e à biópsia com granulomas não caseosos sugerem sarcoidose. Essa dosagem possui sensibilidade de 30% a 80% no diagnóstico da sarcoidose. Níveis baixos podem ser encontrados durante uso de corticóides e antihipertensivos inibidores da ECA. Níveis elevados também podem ser encontrados na Doença de Gaucher, diabete melito, hanseníase, amiloidose, doença hepática alcoólica, cirrose biliar primária, mieloma, hipertireoidismo, asbestose, silicose e psoríase. A Reação intradérmica de Kveim utilizada no passado, não mais é realizada para o diagnóstico da sarcoidose.

Método

Enzimático

Valor de referência

35 a 90U/L

Condição

0,8mL de soro.

Conservação para envio

Até 7 dias entre 2o e 8oC.

Eosinófilos, pesquisa

Comentários

A pesquisa de eosinófilos em materiais diversos ajuda na elucidação diagnóstica de numerosas patologias. O achado de eosinófilos na urina ajuda na confirmação de nefrite intersticial. No escarro e lavado brônquico são característicos da asma brônquica. Nas fezes, são abundantes na disenteria amebiana, enquanto nas secreções nasal e conjuntival sugerem processos alérgicos. No líquor, embora não patognomônico, constitui dado importantíssimo no diagnóstico de certos processos parasitários do sistema nervoso (cisticercose, equinococose).

Método

Coloração May-Grunwald - Giemsa

Valor de referência

Negativo

Condição

Fezes - urina - escarro - secreção nasal - lavado brônquico - líquor - secreção conjuntival (lâminas confeccionadas ou material biológico).

Conservação para envio

Esfregaços já confeccionados:

-Sem corar: até 72 horas em temperatura ambiente, mantidos a seco, longe de calor e umidade.

-Após corar: até 15 dias em temperatura ambiente.

Material biológico: até 4 horas após colhido.

Epinefrina e norepinefrina - Catecolaminas

Comentários

A epinefrina (adrenalina), a norepinefrina (noradrenalina) e a dopamina são catecolaminas sintetizadas na medula adrenal, cérebro e sistema nervoso simpático. Seu maior uso clínico é no diagnóstico do feocromocitoma, que se origina em 90% dos casos na supra-renal. Esses tumores são causa de hipertensão severa de difícil controle, sendo, em 10% dos casos, malignos. Catecolaminas são compostos lábeis, sendo sua determinação influenciada por uma série de variáveis pré-analíticas como dieta e drogas. Catecolaminas elevadas também são encontradas no trauma, pós-operatórios, frio, ansiedade, suspensão da clonidina e doenças graves intercorrentes. Valores de epinefrina > 200 pg/ml e de norepinefrina > 2000 pg/mL têm sensibilidade de 85% e especificidade de 95% para o diagnóstico do feocromocitoma. O paciente deverá permanecer 7 dias sem ingerir medicamentos que interferem, conforme orientação de seu médico assistente.

Podem promover aumento: alfa-bloqueadores (fentolamina, fenoxibenzamina e prazosin); antidepressivos (amitriptilina, amoxapina, desipramina, imipramina e nortriptilina); anti-histamínicos (difenilhidramina, clorfeniramina e prometazina); anti-psicóticos (clorpromazina, clozapina, ferfenazina); beta-bloqueadores (atenolol, labetolol, metoprolol, nadolol, findolol, propranolol, timolol); antagonistas dos canais de cálcio (felodipina, nicardipina, nifedipina, verapamil); drogas catecolamina-like (epinefrina, norepinefrina, dopamina, metildopa); diuréticos (hidroclorotiazida, furosemida); inibidores da monoaminoxidase (fenelzine); estimulantes (cafeína, nicotina, aminofilina, teofilina); simpaticomiméticos (salbutamol, anfetaminas, efedrina, isoproterenol, metaproterenol, pseudoefedrina e terbulina); vasodilatadores (diazóxido, hidralazina, isossorbida, minoxidil, nitroglicerina e outros nitratos e nitritos); outros (cocaína, insulina, levodopa, metilfenidato, metoclopramida, morfina, naloxona, fentazocina, proclorperazina e TRH).

Podem promover diminuição: antihipertensivos (captopril, clonidina, guanabenz, guanetidina, guanfacina, reserpina); anti-psicóticos (haloperidol); agonista dopaminérgico (bromocriptina); outros (dissulfiram, metirosina, octreotida).

Método

Cromatografia Líquida de Alta Performance - HPLC

Informações necessárias

Medicamentos em uso, dosagem, dia, hora da última dose.

SANGUE

Valor de referência

 

Epinefrina (adrenalina)

inferior a 140pg/mL (deitado ou de pé por 30 minutos)

 

Norepinefrina (noradrenalina)

inferior a 1400pg/mL (deitado por 30 minutos)

 

inferior a 1700pg/mL (de pé por 30 minutos)

 

 

 

Dopamina

inferior a 30pg/mL

Condição

-2,5mL plasma (heparina) com glutationa reduzida.

-J.O. 4h.

Dieta

O paciente deverá permanecer sem utilizar fumo, ingerir café, chá ou refrigerantes com cola por pelo menos 24 horas antes da coleta do exame.

 

Enviar em tubo plástico congelado.

Instruções: Deixar cateter na veia (heparinizado), acalmar o cliente. É necessário que a amostra de sangue seja colhida depois que o cliente permaneceu em repouso (deitado) no mínimo por 30 minutos, em ambiente calmo. Após isto, descartar os primeiros 0,5mL de sangue para lavar a heparina do catéter. Coleta-se em heparina de 5 a 10mL de sangue, homogeneiza-se cuidadosamente e, imediatamente, transfere-se para um tubo teste de vidro pré- congelado contendo 120µL de solução EGTA/GSH.

Observação: Os tubos serão fornecidos pelo laboratório. O tubo teste é invertido lentamente por alguns minutos, com o auxílio das mãos, para uma mistura adequada do sangue com a solução reagente, mas sob nenhuma circunstância deve-se agitar vigorosamente a amostra. Centrifugar rapidamente. O plasma é transferido imediatamente para um tubo plástico e congelado.

Conservação para envio

Até 20 dias entre 0o e - 10oC.

URINA

Valor de referência

Epinefrina inferior a 27bg/24h

Norepinefrina inferior a 97bg/24h

Dopamina inferior a 500bg/24h

Condição

-Urina de 24h.

-Usar HCL 50% 20mL/L de urina (adulto) ou 10mL/L de urina (criança) e refrigerar.

Dieta

O paciente deverá permanecer durante as 24 horas de coleta sem fumar e ingerir refrigerantes com cola, café e chá.

 

Antes de enviar, verificar pH da amostra que deverá estar ácido (pH até 6). Enviar alíquota 10mL e informar volume de total, horário inicial e final da coleta.

Conservação para envio

Até 1 mês acidificada e entre 2o e 8oC.

 

 

Epstein-Barr, anticorpos anti-VCA IgG e IgM

Comentários

O vírus Epstein-Barr (EBV) é o principal agente da mononucleose infecciosa (MI). Também tem sido relacionado com desordens mieloproliferativas e linfomas. Dos anticorpos contra antígenos específicos do EBV, os que agregam maior valor diagnóstico são os contra o capsídeo viral (VCA), com sensibilidade de 95% a 100% e especificidade de 86% a 100% nos episódios de mononucleose aguda. Anticorpos anti-VCA IgM e IgG tornam-se rapidamente positivos em 1 a 2 semanas de infecção. A presença de IgM anti-VCA usualmente indica infecção aguda pelo EBV, entretanto, infecção aguda por outros herpesvírus, podem causar produção de IgM anti-VCA por células que apresentam infecção latente pelo EBV. Falso-positivos de IgM anti-VCA também são citados em outras infecções recentes (toxoplasmose, adenovírus) e na presença de auto-anticorpos. Nos quadros de reativação a IgM anti-VCA pode ser negativa. Resultados negativos podem ocorrer devido à natureza transitória do IgM. O IgM anti-VCA persiste por 4 a 8 semanas. Anticorpos IgG anti-VCA surgem na fase aguda, têm pico em 2 a 4 semanas, persistindo por toda a vida.

Veja também Monoteste, Reação de Paul-Bunnell-Davidsohn e PCR para Epstein-Barr.

Método

Imunoensaio enzimático

Valor de referência

IgG negativo

IgM negativo: índice < 0,80

indeterminado: índice entre 0,800 e 1,20 reagente: índice > 1,20

Condição

-0,5mL de soro para cada.

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 7 dias entre 2o e 8oC.

Eritrograma

HEMÁCIAS – HEMATÓCRITO – HEMOGLOBINA – VCM – HCM – CHCM – RDW

Comentários

Inclui a contagem de hemácias, hemoglobina, hematócrito e índices: HCM, VCM, CHCM, RDW. Útil no diagnóstico diferencial das anemias, deficiência de ferro, esferocitose hereditária, talassemia, intoxicação por chumbo, deficiência de folato, deficiência de vitamina B12, deficiência de vitamina B6, anemia perniciosa e anemia da gravidez. Também utilizados na avaliação das policitemias.

Método

Citometria de fluxo

Valor de referência

Veja hemograma.

Condição

-1,0mL de sangue total (EDTA).

-J.D. 4h.

 

Enviar, além do sangue total, 2 esfregaços sangüíneos preferencialmente confeccionados sem anticoagulante. As lâminas devem ser identificadas com nome completo do paciente ou iniciais, sendo conveniente que o primeiro nome seja escrito por extenso.

Conservação para envio

Até 12 horas em temperatura ambiente.

Até 48 horas, entre 2o e 8oC (caso seja enviado esfregaço sangüíneo, sem corar e junto com o sangue total).

 

 

Eritropoetina

Comentários

É um hormônio polipeptídico que regula a formação dos glóbulos vermelhos do sangue. Sua dosagem é útil na monitoração de níveis terapêuticos de EPO-recombinante administrada a pacientes com aplasia medular e anemias crônicas (insuficiência renal, pós-quimioterapia, AIDS). É também utilizada para diferenciação entre os quadros de policitemia primária e secundária. Encontra-se aumentada em estados, tais como, doença cardíaca cianótica, fístulas veno-arteriais, algumas doenças pulmonares hipoxêmicas, em moradores de altas altitudes e em pacientes com hemoglobinas mutantes com grande avidez pelo oxigênio. Pode ainda estar aumentada nos casos de Síndrome de Cushing, estenose de artéria renal, cistos renais e alguns tumores (hemangioblastoma do cerebelo, feocromocitoma, hepatoma, nefroblastoma, leiomiomas e adenocarcinoma renal), flebotomias, uso de esteróide anabolizantes e algumas drogas. Transfusões e estrogênios podem reduzir o nível da eritropoetina.

Método

Quimioluminescência

Valor de referência

2,6 a 34,0mU/mL

Condição

-0,5 mL de soro.

-J.D. 4h.

-Devido a variações na concentração da eritropoetina, a coleta deve ser realizada pela manhã, entre às 7:00 e às 12:00 horas.

Conservação para envio

Até 7 dias entre 2o e 8oC.

Esquistossomose, anticorpos IgG

Comentários

Detecção de anticorpos contra substrato de cercária apresenta sensibilidade máxima de 90% em pacientes com formas agudas da doença. Entretanto, podem não ser detectados em indivíduos com infecções leves ou moderadas. Reações falso-positivas podem ocorrer com outros parasitas intestinais (ancilóstoma, áscaris). Sorologia positiva não distingue infecção ativa, exposição prévia ou reinfecção. Resultados positivos podem permanecer após tratamento eficaz. A pesquisa de ovos pode positivar-se antes da sorologia.

Veja também Schistotest.

Método

Imunofluorescência indireta - Substrato cercária

Valor de referência

< 1:40

Condição

-0,2mL de soro - líquor.

-J.O. 8h.

-A pesquisa de anticorpos no líquor deve ser realizada em paralelo com o soro, devido a possibilidade de contaminação do material durante a punção.

Conservação para envio

Até 5 dias entre 2o e 8oC.

 

 

Estradiol, 17-beta - E2

Comentários

O 17-beta-estradiol é o estrogênio mais ativo e importante na mulher em idade reprodutiva. Na mulher, encontra-se em níveis baixos no hipogonadismo primário e secundário. O estradiol é medido para estudo dos casos de amenorréia e como guia para a monitoração do desenvolvimento folicular durante indução da ovulação. Estradiol é também produzido pelas glândulas adrenais, testículos e pela conversão periférica da testosterona. Podem-se observar níveis elevados nos tumores ovarianos, tumores feminilizantes adrenais, puberdade precoce feminina, doença hepática e ginecomastia masculina. Em mulheres menopausadas, a estrona, mais do que o estradiol, é o estrogênio circulante predominante. Em virtude das dosagens do estradiol ainda apresentarem grande variação entre diferentes , sugere-se seu controle em um único laboratório.

Realizamos a dosagem de estradiol por outra metodologia (rápida) para casos de fertilização in vitro. Veja também Estriol e Estrona.

Método

Quimioluminescência

Valor de referência

Adultos

Mulher: Fase folicular : 24 a 114 picog/mL Fase ovulatória: 62 a 534 picog/mL Fase luteínica: 80 a 273 picog/mL Pós-menopausa: 20 a 88 picog/mL

Homem: 20 a 75 picog/mL

Condição

-0,5mL de soro.

-J.D. 4h.

Informações necessárias

Para mulher, questionar:

-regularidade menstrual (duração do ciclo), se irregular há quanto tempo se tornou irregular e se é necessário uso de medicamentos para que ocorra a menstruação; data da última menstruação;

-gravidez, idade gestacional;

-uso atual ou prévio de anticoncepcional ou outros hormônios, e tempo de interrupção se uso prévio;

Para criança, questionar:

-atraso de desenvolvimento puberal;

-atraso do crescimento;

-desenvolvimento puberal precoce, menstruação (se feminino)

Conservação para envio

Até 4 dias entre 2o e 8oC.

Estreptozima

Comentários

O teste da estreptozima (STZ) é uma reação rápida de hemoaglutinação que detecta a presença de anticorpos contra diversos produtos extracelulares do estreptococos: estreptolisina O, estreptoquinase, hialuronidase, DNase e NADase. Tem maior utilidade em pacientes com suspeita de seqüelas da infecção estreptocócica. Determinações repetidas apresentam maior significado do que uma dosagem isolada. Pode-se encontrar resultados de AEO positivos acompanhados de STZ negativa. Títulos elevam-se uma semana após infecção aguda e podem permanecer por até 12 meses.

Veja também Antiestreptolisina “O”.

Método

Aglutinação

Valor de referência

< 100 U Stz

Condição

-0,3mL de soro ou plasma (EDTA).

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 2 dias entre 2o e 8oC.

 

 

Estriol livre

Comentários

O estriol é o estrogenio mais importante da gravidez, representando mais de 90% do estrogeno nas mulheres grávidas. O estriol livre ou não conjugado é sintetizado basicamente pela unidade feto-placentaria, sendo indicador sensível da saúde fetal. Valores isolados são de difícil interpretaçãoo e têm baixo poder preditivo na avaliação de risco fetal, sendo mais importante as medidas seriadas, e em conjunto a alfafetoproteina (AFP) e gonadotrofina coriônica (hCG), como nos testes de avaliação do risco fetal integrado e triplo.

Veja também Estradiol, Estrona e Risco fetal.

Método

Imunofluorimetria

SANGUE

Valor de referência (nmol/L)

Idade Gestacional

Mediana

14 Semanas

1,80

15 Semanas

2,60

16 Semanas

3,44

17 Semanas

4,57

18 Semanas

5,70

Condição

-0,5mL de soro.

-J.D. 4h.

Conservação para envio

Até 5 dias entre 2o e 8oC.

Estrona - E1

Comentários

A estrona (E1) é o estrógeno mais potente que o estriol porém menos potente que o estradiol. É o principal estrógeno circulante após a menopausa. A maior parte da E1 está conjugada sob a forma de sulfato. A estrona é muito utilizada para avaliação do hipogonadismo, avaliação da puberdade precoce (completa ou parcial) e para diagnóstico de tumores feminilizantes e acompanhamento de reposição hormonal na menopausa, em alguns casos.

Veja também Estriol e Estradiol.

Método

Radioimunoensaio

Valor de referência

Fase folicular 37,2 a 137,7 pg/mL Fase ovulatória 59,9 a 229,2 pg/mL Fase luteínica 49,8 a 114,1 pg/mL Menopausa 14,1 a 102,6 pg/mL

Condição

-0,5mL de soro.

-J.D. 4h.

Informações necessárias

- Informar medicamentos em uso.

Conservação para envio

Até 4 dias entre 2o C e 8oC.

 

 

FAN - Pesquisa de auto-anticorpos

Comentários

A pesquisa de auto-anticorpos contra antígenos nucleares, nucleolares, do aparelho mitótico e citoplasmáticos é realizada em duas etapas: uma etapa de triagem, realizada por imunofluorescência indireta utilizando como substratos células HEp-2 e, se o teste de triagem for positivo, uma etapa confirmatória, com a pesquisa dos auto- anticorpos específicos, orientada pelo padrão de fluorescência celular e pela hipótese diagnóstica da doença em questão. Existem várias doenças associadas a FAN-HEp-2 positivo. Em algumas doenças, um teste de FAN positivo é considerado muito útil para o diagnóstico (lúpus eritematoso sistêmico, esclerodermia), em outras é considerado útil para o diagnóstico (síndrome de Sjögren, polimiosite), condição fundamental do critério diagnóstico (hepatite auto-imune, doença mistas do tecido conjuntivo) ou é um fator prognóstico (artrite reumatóide juvenil, fenômeno de Raynaud). Em muitas doenças um FAN positivo não tem utilidade diagnóstica (artrite reumatóide, fibromialgia, doenças da tireóide).

Resultados positivos de FAN-HEp-2 no título de 1:80 podem ser encontrados em até 6 -13% da população normal e numa proporção ainda maior de parentes de primeiro grau de pacientes com doença auto-imune. Reações positivas podem ocorrer durante uso de vários medicamentos (hidralazina, carbamazepina, hidantoína, procainamida, isoniazida, metildopa) e em pacientes com neoplasias. Elevações transitórias do FAN podem ocorrer em pacientes com infecções virais. Cerca de 99% dos pacientes com lúpus eritematoso sistêmico não tratado têm FAN positivo. Reações negativas podem ocorrer na presença de anticorpos contra os antígenos SSA/Ro, Jo-1, ribossomal P e durante o uso de corticóide ou outra terapia imunossupressora.

Um teste positivo para FAN-HEp-2 isolado não é diagnóstico de lúpus eritematoso sistêmico (LES), sendo necessário observar os demais critérios diagnósticos. Não existe relação entre os títulos de FAN e a atividade da doença Deve-se ressaltar a possibilidade de variações dos títulos do FAN-HEp-2 quando realizado em  ou dias diferentes. Pelo fato de ser um teste com alta sensibilidade, baixa especificidade e baixo valor preditivo positivo, os resultados positivos devem ser analisados de acordo com o contexto clínico do paciente, o título e o padrão de fluorescência celular.

O 3° Consenso Brasileiro para a Pesquisa de Auto-anticorpos (FAN HEp-2) fornece orientações importantes quanto à interpretação dos padrões, indicando os auto-anticorpos associados e as principais relevâncias clínicas de cada padrão. São definidos cinco grupos de padrão, os quais são caracterizados: 1-pela observação da célula em intérfase e definição da região celular fluorescente (núcleo, nucléolo, citoplasma, aparelho mitótico ou misto), 2- classificação da placa cromossômica em positiva ou negativa, e 3- caracterização do tipo de fluorescência (análise do aspecto da fluorescência associado ao local que esta ocupa na célula). A soma de todas essas informações define o padrão, e forma a base para a construção dos laudos descritivos e das árvores de classificação de cada padrão.

Padrões de FAN HEp2 e relevância clínica por auto-anticorpos

Padrões nucleares de FAN HEp2

 

Nuclear pontilhado centromérico

 

Anticorpo anti-centrômero:

esclerose sistêmica forma CREST;

cirrose biliar

primária;

 

 

síndrome de Sjögren

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(A) Anticorpo anti-DNA nativo: lúpus eritematoso sistêmico (LES).

 

 

 

 

 

Nuclear homogêneo

 

(B) Anticorpo anti-histona: lúpus induzido por drogas; LES idiopático.

 

 

 

 

 

 

Anticorpo anti-cromatina (DNA/Histona, nucleossomo): artrite reumatóide (AR); artrite

 

 

 

 

 

 

 

 

idiopática juvenil oligoarticular com uveíte; síndrome de Felty; cirrose biliar primária.

 

 

 

 

 

 

Anticorpo anti-lamina e contra antígenos do envelope nuclear (laminas. LAPs, nucleoporina,

 

Nuclear tipo membrana nuclear

 

gp 210:

hepatites auto-imunes; cirrose biliar primária; raramente

associado a

doenças

 

 

reumáticas (algumas formas de LES e esclerodermia linear). Quando em baixos títulos, pode

 

 

 

 

 

 

 

 

não apresentar associação clínica específica.

 

 

 

 

 

Nuclear pontilhado

 

Anticorpo contra núcleo de células em proliferação: LES.

 

 

 

 

 

pleomórfico/PCNA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Anticorpo anti-proteína p 75 kDa: Um dos padrões mais encontrados na rotina, sem

 

Nuclear pontilhado fino denso

 

relevância clínica até o momento, pois pode ser encontrado em indivíduos saudáveis, cistite

 

 

 

 

intersticial, dermatite atópica, psoríase e asma.

 

 

 

 

Nuclear pontilhado tipo pontos

 

 

 

 

 

 

 

 

isolados com menos de dez

 

Anticorpo anti-p80 coilina não apresenta associação clínica definida.

 

 

 

 

 

pontos

 

 

 

 

 

 

 

 

Nuclear pontilhado tipo pontos

 

Anticorpo anti-Sp100 (anti-p95): cirrose biliar primária; mas pode ser observado em diversas

 

isolados com mais de dez pontos

 

condições clínicas.

 

 

 

 

 

 

 

 

(C)

Anticorpo anti-Sm: LES.

 

 

 

 

Nuclear pontilhado grosso

 

Anticorpo anti-RNP: LES; esclerose sistêmica (ES); AR; critério obrigatório no diagnóstico da

 

 

 

 

doença mista do tecido conjuntivo (DMTC).

 

 

 

 

 

 

 

(D)

Anticorpo anti-SSA/Ro: síndrome de sjögren primária (SS); LES; lúpus neonatal e

 

Nuclear pontilhado fino

 

lúpus cutâneo; esclerodermia e cirrrose biliar primária.

 

 

 

 

 

(E)

Anticorpo anti-SSB/La: lúpus neonatal; LES; SS.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Anticorpo anti-Mi-2: dermatomiosite, embora raramente ocorra na polimiosite do adulto.

 

Nuclear pontilhado grosso

 

(F)

Anticorpos contra hnRNPs (ribonucleoproteínas heterogêneas) e componentes da

 

 

matriz nuclear:raramente presentes em doença auto-imune, exceto quando em altos títulos.

 

 

reticulado

 

 

 

 

Prevalente na população geral.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Padrões mistos de FAN HEp2

 

 

 

 

Misto do tipo nucleolar homogêneo e nuclear

 

Anticorpo anti-Ku: superposição polimiosite e esclerose sistêmica; Podem ocorrer no LES e

 

pontilhado grosso com placa metafásica

 

 

 

esclerodermia.

 

 

 

 

 

decorada em anel (cromossomos negativos)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Misto do tipo nuclear e nucleolar pontilhado

 

Anticorpo anti-Topoisomerase I (Scl-70): ES forma difusa. Mais raramente pode ocorrer na

 

 

com placa metafásica positiva

 

 

síndrome CREST e superposição polimiosite/esclerodermia.

 

 

 

 

Misto do tipo citoplasmático pontilhado fino

 

Anticorpo anti-rRNP (antiproteína P-ribossomal): Marcador de LES e mais freqüentemente

 

denso a homogêneo e nucleolar homogêneo

 

relacionado à quadros psiquiátricos.

 

 

 

 

Misto do tipo nuclear pontilhado fino com

 

Anticorpo anti-NuMa1: SS; outras condições auto-imunes ou inflamatórias crônicas.

 

 

 

 

fluorescência do aparelho mitótico

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Padrões citoplasmáticos de FAN HEp2

 

 

 

 

 

 

 

(G)

Anticorpo anti-actina: hepatite auto-imune, cirrose.

 

 

 

 

Citoplasmático fibrilar linear

Anticorpo anti-miosina: hepatite C, hepatocarcinoma, miastenia gravis. Quando em títulos baixos ou

 

 

 

moderados podem não ter relevância clínica definida.

 

 

 

 

Citoplasmático fibrilar segmentar

Anti-a-actinina, anti-vinculina

e anti-tropomiosina: miastenia gravis, doença de Crohn

e colite

 

ulcerativa. Quando em títulos baixos ou moderados podem não ter relevância clínica definida.

 

 

 

 

 

 

 

Anticorpo anti-golginas: Em títulos altos tem sido descrito no LES, SS e outras doenças auto-imune

 

Citoplasmático pontilhado polar

sistêmicas. Relatado na ataxia cerebelar idiopática, Degeneração Cerebelar Paraneoplásica, infecções

 

virais pelo vírus Epstein-Barr (EBV) e pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Quando em títulos

 

 

 

 

 

 

baixos ou moderados podem não ter relevância clínica definida.

 

 

 

 

Citoplasmático pontilhado fino

Anticorpo anti-Histidil t RNA sintetase (Jo-1): anticorpo marcador de polimiosite no adulto. Descrito

 

raramente na dermatomiosite. Outros anticorpos anti-tRNA sintetases podem gerar o mesmo padrão.

 

 

 

 

Citoplasmático pontilhado com pontos

(H)

Anticorpo anti-EEA1 e anti-fosfatidilserina: Não há associações clínicas bem definidas.

 

 

isolados

Anticorpo anti-GWB: SS; também encontrado em diversas outras condições clínicas.

 

 

 

 

 

 

Anticorpo anti-mitocôndria: pode sugerir a presença do anticorpo anti-M2 (antipiruvato desidrogenase)

 

Citoplasmático pontilhado reticulado

que é marcador da cirrose biliar primária; esclerose sistêmica. É relativamente comum o encontro

 

 

 

deste padrão na ausência de anticorpos anti-mitocôndria.

 

 

 

 

Citoplasmático pontilhado fino denso

Anticorpo antiproteína P-ribossomal: específico de LES e pode estar associado a quadros psiquiátricos

 

Anticorpo anti-PL 7/PL 12: Raramente associado a anticorpos encontrados na polimiosite.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Anticorpo anti-vimentina e anti-queratina: anti-queratina tem sido descrito em doença hepática

 

Citoplasmático fibrilar filamentar

alcoólica. Descritos em várias doenças inflamatórias e infecciosas. Quando em títulos baixos ou

 

 

 

moderados podem não ter relevância clínica definida.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(continua)

 

 

 

 

 

 

 

 

134

 

 

 

Laboratório Echo de Análises Clínicas Ltda - Patologia Clínica

 

 

 

 

 

 

 

 

Padrões do aparelho mitótico de FAN HEp2

 

Aparelho mitótico tipo centríolo

Anticorpo anti-a-enolase: Em baixos títulos não tem associação clínica definida. Em altos títulos é

 

sugestivo de esclerose sistêmica.

 

 

 

 

Anticorpo anti- -tubulina: pode ser encontrado no LES e na DMTC. Outros anticorpos ainda não bem

 

Aparelho mitótico tipo ponte intercelular

definidos podem gerar o mesmo padrão. Associado a diversas condições auto-imunes e não auto-

 

 

imunes com baixa especificidade tendo relevância clínica somente em altos títulos.

 

Aparelho mitótico tipo NuMA2

Anticorpo anti-HsEg5: Diversas condições auto-imunes com baixa especificidade tendo relevância

 

somente em altos títulos.

 

 

 

 

 

 

 

Padrões nucleolares de FAN HEp2

 

Nucleolar aglomerado

Anticorpo anti-fibrilarina (U3-nRNP): esclerose sistêmica (ES), especialmente com

 

comprometimento visceral grave, entre elas a hipertensão pulmonar.

 

 

 

 

Anticorpo anti-NOR-90: ES; também descrito em outras doenças do tecido conjuntivo,

 

Nucleolar pontilhado

porém sem relevância clínica definida.

 

Anticorpos anti-RNA polimerase I: ES de forma difusa com tendência para

 

 

 

 

comprometimento visceral mais freqüente e grave.

 

 

Anticorpo anti-PM/Scl, To/Th, nucleolina: síndrome de superposição da polimiosite com

 

Nucleolar homogêneo

esclerose sistêmica. Raramente encontrado em casos de polimiosite ou esclerose

 

sistêmica sem superposição clínica. Outros auto-anticorpos mais raros podem

 

 

 

 

apresentar esse padrão.

LES: Lúpus Eritematoso Sistêmico; ES: Esclerose Sistêmica; SS: Síndrome de Sjögren Primária; AR: Artrite Reumatóide; DMTC: Doença Mista do Tecido Conjuntivo.

Padrões não caracterizados ou com características novas

Padrão citoplasmático com

Aparentemente associado à infecção pelo vírus da hepatite C. Sua identidade

fluorescência em forma de bastões

imunológica não está definida. No caso de identificação sugere-se a descrição do

e anéis (rods and rings)

aspecto morfológico que o caracteriza (Presença de fluorescência em bastão).

 

Trata-se de um padrão nuclear pontilhado fino, aproximando-se da textura homogênea,

 

e com placa metafásica corada da mesma forma. Sua associação clínica e identidade

Nuclear pontilhado fino denso

imunológica não estão definidas. Esse padrão não é positivo para anticorpos anti-

tendendo a homogêneo

dsDNA o que o caracterizaria como nuclear homogêneo, e não plota a proteína 75Kda o

 

que o caracterizaris como nuclear pontilhado fino denso. Trata-se de um novo padrão

 

com reatividade diferente.

Método

Imunofluorescência indireta - Substrato: células HEp2

Valor de referência

Negativo

Obs.: A pesquisa de anticorpos em líquidos corporais deve ser realizado em paralelo com o soro, devido a possibilidade de contaminação do material durante a punção.

Condição

-0,2mL de soro - líquor - líquido sinovial - líquido pleural - líquido ascítico - líquido pericárdico.

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 5 dias entre 2o e 8oC.

 

 

Fator reumatóide

Comentários

O fator reumatóide (FR) é um auto-anticorpo da classe IgM, IgG ou IgA, dirigido contra o fragmento cristalizável da molécula de IgG. A nefelometria é um dos métodos atualmente utilizados para a pesquisa do FR, apresentando ótima sensibilidade, precisão e reprodutibilidade. Ela detecta predominantemente FR da classe IgM. É classicamente utilizado no diagnóstico da artrite reumatóide (AR), sendo positivo em 80% dos pacientes com doença estabelecida. Entretanto, algumas considerações devem ser realizadas na interpretação de seu resultado: FR é positivo em 5% da população saudável; positivo em 15 a 35% no lúpus, 75 a 95% na síndrome de Sjögren, 40 a 100% na crioglobulinemia mista e 5 a 10% na polimiosite; está presente em 10% a 40% dos portadores de infecções crônicas (sífilis, lepra, brucelose, tuberculose, malária, esquistossomose, tripanossomíase, hepatite viral, e endocardite). Níveis de FR acima de 50 U/mL são mais específicos para AR. É positivo em 50-60% dos casos de AR nos primeiros 6 meses de doença, onde sua associação com o anti-CCP pode ser útil. O FR apresenta valor prognóstico importante na AR, sendo um marcador de doença articular mais agressiva quando comparado aos pacientes com FR negativo. O teste de Waaler-Rose que consiste da aglutinação de hemácias de carneiro foi por anos o método utilizado para pesquisa do fator reumatóide (FR). Entretanto, apresenta desvantagens devido à subjetividade de sua leitura e baixa reprodutibilidade, sendo substituído por métodos mais modernos para detecção do FR, como a nefelometria.

Veja também CCP, anti.

NEFELOMETRIA - SORO

Método

Nefelometria

Valor de referência

< 20UI/mL

Condição

-0,5mL de soro.

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 5 dias entre 2o e 8oC.

WAALER-ROSE - SORO

Método

Aglutinação

Valor de referência

Inferior a 6UI/mL = negativo

Condição

-0,3mL de soro.

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 2 dias entre 2o e 8oC.

AGLUTINAÇÃO - LÍQUIDO SINOVIAL

Método

Aglutinação

Valor de referência

Negativo

Condição

0,2mL de líquido sinovial.

Conservação para envio

Até 5 dias entre 2o e 8oC.

 

 

Fenilalanina, pesquisa na urina

Comentários

A Fenilcetonúria (PKU) é uma doença autossômica recessiva resultante de deficiência da enzima fenilalanina hidroxilase que normalmente converte a fenilalanina em tirosina. Resultados falso-positivos podem ocorrer com a contaminação da amostra com fezes. A pesquisa é um teste de triagem, sendo que a quantificação da fenilalanina em soro e urina pode ser realizada através da cromatografia de aminoácidos quantitativa.

Veja também Triagem urinária mínima dos erros inatos do metabolismo.

Método

Colorimétrico

Valor de referência

Negativo

Condição

Urina (jato médio da 1a urina da manhã).

 

Enviar 30mL de urina. Enviar rapidamente ao laboratório.

Conservação para envio

Até 2 dias entre 2o e 8oC.

Ferro, cinética

CAPACIDADE DE COMBINAÇÃO DO FERRO

Comentários

O teor de transferrina é tradicionalmente mensurado como a capacidade de combinação da transferrina. Normalmente, 1/3 dos sítios de ligação da transferrina estão ocupados pelo ferro. Assim, a transferrina tem uma considerável capacidade latente de ligação ao ferro, a chamada capacidade de combinação latente ou livre do ferro. A quantidade máxima de ferro que pode se ligar à transferrina é a capacidade total de combinação do ferro (CTCF). Encontra-se elevada na anemia ferropriva, no uso de anticoncepcionais e gravidez. Valores normais ou baixos são encontrados nas anemias de doenças crônicas, sideroblásticas, hemolíticas, hemocromatose, desnutrição, estados inflamatórios e neoplasias. A CTCF aumenta ao mesmo tempo que a queda do ferro sérico na anemia ferropriva, podendo, às vezes, precedê-lo. Cerca de 30% a 40% dos pacientes com anemia ferropriva crônica têm CTCF normal. A ferritina é mais sensível que a capacidade de combinação do ferro para avaliação da falta ou excesso de ferro. Atualmente, imunoensaios podem determinar diretamente a transferrina, havendo boa correlação entre os níveis de transferrina e a CTCF.

Veja também Índice de saturação da transferrina, Transferrina, Ferritina e Ferro sérico.

Condição

-0,8mL de soro (sem hemólise).

-Colher preferencialmente pela manhã devido à variação do ferro.

Conservação de envio

Até 6 dias entre 2o e 8oC.

LIVRE

TOTAL

Método

Método

Ferrozine

Cálculo baseado no ferro e capacidade livre

Valor de Referência

Valor de Referência

140 a 280 µg/dL

250 a 410 µg/dL

 

 

FERRITINA

Comentários

O teste da ferritina é utilizado no diagnóstico e seguimento de anemias ferroprivas e hemocromatose. A dosagem de ferritina reflete o nível do estoque celular de ferro. Pode estar aumentada em etilistas ativos e em indivíduos com outras doenças hepáticas como hepatite autoimune e hepatite C. Na presença de doença hepática, em estados inflamatórios como artrite reumatóide, doenças malignas ou terapia com ferro, a deficiência do ferro pode não ser refletida pela ferritina sérica. Encontra-se aumentada em desordens infecciosas e inflamatórias. A ferritina é um reagente de fase aguda.

Método

Quimioluminescência

Valor de referência

Mulheres: 11,0 a 306,8 nanog/mL Homens: 23,9 a 336,2 nanog/mL

Condição

-0,5mL de soro.

-Jejum desejável de 4 horas

Conservação para envio

Até 3 dias entre entre 2o e 8oC

FERRO

Comentários

A determinação do ferro sérico (FS) é usada no diagnóstico diferencial de anemias, hemocromatose e hemossiderose. Níveis baixos ocorrem na anemia ferropriva, glomerulopatias, menstruação e fases iniciais de remissão da anemia perniciosa. Variações circadianas com valores mais baixos de FS pela tarde são descritas, sendo que alterações de até 30% em dias subseqüentes podem ocorrer. Pré-menstrual pode elevar níveis em 10% a 30%, que caem na menstruação. Na gravidez há possibilidade de elevação inicial do FS devido à progesterona e queda do FS por aumento da sua necessidade. Uso de anticoncepcional oral pode elevar o FS acima de 200 mcg/dl. Níveis aumentados são encontrados na hemossiderose, hemocromatose, talassemias e na hemólise da amostra.

Veja também Índice de saturação da transferrina, Transferrina, Ferritina e Capacidade de combinação do ferro.

Indicadores do ferro em várias condições clínicas

Condição

Ferritina

Transferrina / CTCF

Ferro

IST

Deficiência de ferro

 

N ou

 

N ou

 

Anemia da doença crônica

N ou

N ou

 

N ou

 

Anemia sideroblástica

 

N ou

N ou

 

 

Anemias hemolíticas

 

N ou

 

 

 

Hemocromatose

 

 

 

 

 

Depleção de proteínas

Variável

N ou

N ou

N ou

Hepatites

 

variável

 

 

 

 

CTCF: capacidade total de combinação do ferro - IST: índice de saturação da transferrina - N = normal

Método

 

 

 

 

Ferrozine

 

 

 

 

Valor de Referência

 

 

Recém-nascido

90 a 240µg/dL

 

 

Criança

35 a

90µg/dL

 

 

Homem

60 a 160µg/dL

 

 

Mulher

40 a 150µg/dL

 

 

Condição

 

 

 

 

0,8mL de soro (sem hemólise).

 

 

Colher preferencialmente pela manhã devido à variação do ferro.

 

 

Conservação de envio

 

 

Até 6 dias entre 2o e 8oC.

 

 

 

 

 

 

(continua)

 

 

 

 

 

138

 

 

 

Laboratório Echo de Análises Clínicas Ltda - Patologia Clínica

 

 

 

 

 

 

ÍNDICE DE SATURAÇÃO DA TRANSFERRINA

Comentários

O índice de saturação da transferrina (IST) é a razão ferro sérico/capacidade total de combinação do ferro. A associação de ferro sérico e IST abaixo dos valores normais é o dado mais consistente de anemia ferropriva. A transferrina é a proteína que transporta o ferro no plasma. Em condições normais, 20% a 50% dos sítios de ligação do ferro na transferrina são ocupados. Valores elevados ocorrem na hemocromatose, talassemia, hepatites, gravidez, ingestão de ferro e uso de progesterona. Na reposição de ferro, valores superiores a 100% podem ser encontrados. Níveis baixos podem estar presentes na anemia ferropriva, desnutrição e na anemia das doenças crônicas.

Veja também Ferritina, Capacidade de combinação e Ferro sérico e Transferrina.

Método

Cálculo baseado no Ferro sérico e capacidade total de ligação do ferro

Valor de Referência

20% a 50%

Condição

0,8mL de soro.

Colher preferencialmente pela manhã devido à variação do ferro.

Conservação de envio

Até 6 dias entre 2o e 8oC.

Fibrinogênio

Comentários

O fibrinogênio é uma glicoproteína dimérica formada por dois monômeros simétricos e idênticos, sintetizada no fígado. Pela ação da trombina a molécula de fibrinogênio é convertida em monômeros de fibrina, que sofre polimerização formando a malha do coágulo. A avaliação dos níveis de fibrinogênio é realizada como parte da investigação de pacientes com sangramento inexplicado, tempo de protrombina e/ou tempo de tromboplastina parcial ativada prolongados, ou na avaliação da coagulação intravascular disseminada (CID). As deficiências de fibrinogênio podem ser hereditárias ou adquiridas. As deficiências hereditárias resultam em níveis de fibrinogênio anormais (disfibrinogenemia), reduzidos (hipofibrinogenemia) ou ausentes (afibrinogenemia). As deficiências adquiridas incluem as doenças hepáticas e as coagulopatias de consumo, como a CID. Heparina produz valores falsamente diminuídos. Níveis menores que 100 mg/dL podem estar associados com sangramentos. Valores estão elevados em estados inflamatórios agudos, gravidez, uso de contraceptivos orais, estrógenos e andrógenos. Níveis elevados de fibrinogênio também são considerados preditivos de trombose arterial.

Método

Coagulométrico

Valor de referência

Adultos 200 a 400mg/dL Crianças 150 a 300mg/dL

Condição

-1,0mL de plasma (citrato).

-J.D. 4h.

 

Separar o plasma imediatamente após a coleta e congelar.

Conservação para envio

Até 8 horas em temperatura ambiente

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